Rayra, embora furiosa, não conseguiu se afastar. Ela se aproximou da beirada da cama, ainda em pé, desafiando-o com o olhar. Victor a puxou suavemente pela cintura e começou a dar beijos carinhosos na barriga dela, com cuidado para não tocar nos ferimentos. O gesto era puramente afetuoso, não lascivo.
— Quero você em cima da cama, dentro do quarto e fora dele. Posso ser monogâmico. Meus fetiches podem ficar para trás. — Ele segurou as mãos dela e se levantou, a olhando nos olhos, acariciando seu rosto.
— Se você aceitar ter uma vida e construir uma família comigo.
A menção à família atingiu o ponto mais vulnerável de Rayra, ligando-o à sua solidão. Ele continuou falando.
— Sei que você não tem ninguém. Eu também não tenho muito, e tenho certeza que quer muito ser mãe.
Victor elevou o tom, descrevendo o que realmente admirava nela.
— Você é a mulher mais forte, determinada, dedicada e protetora que eu já estive. De longe, eu vejo que será uma ótima esposa e mãe.
Rayra o olhou fixament