"Não tem ninguém por perto", disse Nicholas.

Ele estava certo. Os corredores estavam escuros e tão silenciosos que provavelmente poderíamos ouvir um alfinete cair. Isso me fez sentir ousada, sabendo que estávamos sozinhos.

Tracei pequenos círculos nas costas da palma da mão de Nicholas com meu dedo.

Ele fechou os olhos por um momento. Sua respiração saiu um pouco entrecortada. Foi bom ver o quanto eu o afetei.

"Já faz quase vinte e quatro horas desde que você me beijou", eu disse.

"Isso não é verdade", ele disse. "Dezoito, no máximo."

"Parece um dia inteiro."

Ele olhou para mim de lado. "Você está me pedindo um beijo?"

Lambi meus lábios. "Isso depende de qual seria a resposta."

Seu lábio se curvou. "E se for sim?"

Parei completamente, desistindo do jogo, e me virei para ele. "Nick, por favor."

Ele se moveu em minha direção e me encurralou em uma das alcovas ao longo do corredor principal. Nossos corpos, meio protegidos pelas cortinas ali, ele se abaixou e me beijou até perder o fôlego.