Mundo ficciónIniciar sesiónEstou dentro do elevador, meu coração batendo forte. Não faço a mínima ideia de como vou sobreviver aqui com um o Miguel me tratando mal. Espero que essa "TPM" masculina dele já tenha passado.
As portas do elevador se abrem. Estamos no sexto andar. E Miguel entra no elevador. Engulo em seco. Eu devo cumprimentá-lo? — Bom dia. — digo baixinho. Ele me olha pelos cantos dos olhos e eu sinto que vou morrer. — Bom dia pra quem? Nessa merda de empresa nunca é um bom dia. — engulo em seco novamente. Ele passa longe de miss simpatia. Não digo nada, fico quietinha na minha. O elevador vai subindo. Chega logo, pelo amor de Deus! — Você deve achar que trabalhar aqui vai ser uma moleza. Desculpa estragar seus sonhos, mas aqui é um inferno. — diz seco. — Foi... foi o único emprego que consegui. — ele se vira para mim. Sua presença é assustadoramente sexy. Me lembro de seu pau entratando em mim e sinto minhas bochechas esquentarem. — Que foi? Por que ficou vermelha? — Alergia! — coço o nariz, disfarçando. O perfume dele está me embriagando. Que delícia, senhor. — Hum. — finalmente chegamos no andar certo. Ele vai por um caminho, acho que irá para sua sala. Eu vou cumprimentar a secretária. — Bom dia! — falo e ela sorri para mim. — Bom dia, novata. Qual seu nome? — Esmedalda. E o seu? — Ângela. E você deve entrar na sala do senhor Dubois agora, antes que se atrase. — Okay! — me encaminho até a sala. Dou duas batidinhas na porta. — Entre. — a voz grossa diz. — Com licença. — entro e fecho a porta. — Bom dia, Senhorita Dubois. — Bom dia, Esmeralda. Vou te passar suas tarefas do dia. — pega uma pilha de papéis. — O que têm à fazer é... Explica um monte de coisas, me deixando um pouco confusa, mas até que entendo. Ele me mostra uma mesa no canto da sala, onde eu devo ficar. Tomo meu lugar e começo a trabalhar. Adorei minha mesa, é espaçosa. Assim que possível vou trazer algumas decorações. Durante a tarde, consigo terminar os papéis e entregar para o meu chefe. Engraçado como ele é tão lindo mesmo sendo mais velho. — Eu não acredito que você está me traindo! — escutamos gritos. — Essa é a voz da Andréia? — ele questiona. Nos levantamos rápido e corremos para fora da sala. Os gritos vêm da sala do Miguel. Quando entramos no local, há uma moça muito bonita de cabelos pretos e lisos, ela está furiosa. Com o Miguel, ao seu lado, está outra moça, mas essa é a... Angélica? — O que está acontecendo aqui? — Seu filho, seu Fernando. Me traindo com a piriguete da secretária! — grita raivosa. O Miguel não vale nada. Como foi que eu acabei na cama de um cafageste? — Andréia, calma. — diz senhor Dubois. — Deve ter uma explicação pra tudo isso. — Que explicação, pai? Tá na cara que ela foi corna e tá descobrindo só agora. Eu arregalo meus olhos. Quando mais ele abre a boca, mais escuto besteira. Esse cara não presta. Um lixo humano. — Seu merda! — a tal Andréia pula em cima do Miguel, batendo nele e arranhando com as unhas enormes e bem feitas. — Eu deveria cortar seu pinto fora! — Tenta, vadia! — responde ríspido. — Filho da puta! — ela pega o notebook do Miguel e acerta a cabeça dele com ele. Ponto pra Andréia! Cara, eu tô adotando esse barraco! Se eu pudesse dava mais coisas pra ela acertar no Miguel. Será que tem uma vassoura por aqui? — Segurança! — grita senhor Dubois. Um bombado chega na sala e tenta segurar a Andréia, mas ela é resistente. — Ei, segurança. Posso ajudar? — o que está fazendo, Esmeralda?! — Eu... acho que posso falar com ela. — Por que você ajudaria? Por acaso você é uma das que transa com homem compromissado?! A resposta tá na ponta da língua e é melhor eu fechar a boca. — Eu já fui corna, de chifre eu entendo. — pensar no meu chifre no passado... que horror. Um trauma. — Hum... pode ser, mas só se você concordar que foi acidente. — O que acidente? — ela sorri de lado e chuta Miguel no peito, quase fazendo espacate no processo, ele cai no chão. — Ah... sua perna escorregou. Um acidente. Vamos? Acompanho ela até a sala dos funcionários. Nos sentamos depois de pegar um café. — Dá pra acreditar que o Miguel me traiu? Eu sou uma das modelos mais bonitas do Brasil! — fala chorando. — Eu quero que ele se foda! Mas eu juro, se ele tiver filho com alguma garota por aí, eu juro, eu juro mesmo, vou matar a criança. Me arrepio por inteira. — Você vai continuar com ele mesmo com a traição? — Claro que vou. A família Dubois é a segunda mais rica desse país. Não posso perder esse cara. Tem noção da vida de rainha que vou ter casada com ele? Algo no meu ventre vibra. Engulo em seco. Essa mulher está me dando medo. Ela toma o café com os olhos pegando fogo. Se por acaso uma garota tivesse um filho dele? O que faria? — Eu mataria na hora.






