Um vulcão em erupção representava com perfeição Penélope ao entrar na cafeteria e se aproximar das amigas.
Ana, sentada junto ao balcão tomando seu desjejum, foi a primeira a ver Penélope, os olhos azulados arregalando-se ao reparar na aparência cansada e, ao mesmo tempo, irada da amiga. Olheiras sombreavam o olhar dela, deixando-a com aspecto cansado, e as feições carregadas deixavam evidente que desejava agredir alguém. Consciente da situação delicada em que deixou Penélope na noite anterior supôs que a agredida acabaria sendo ela.
Mesmo assim, comentou:
— Está péssima.
Jéssica, do outro lado do balcão, se viu obrigada a concordar, engolindo em seco ao receber uma encarada faiscante da Teixeira.
— Tive mesmo uma péssima noite. Minha vida está péssima — Penélope lamentou com fúria, respirando fundo para alinhar seus pensamentos e não pular nos pescoços das amigas. — E tenho péssimas amigas. Como puderam chamar o Lucas para o nosso encontro?
— Eu disse que ela reclamaria de deixa