Ao retornar do hospital, Lucas chamou Marcela até o escritório do piso superior da mansão Freitas, que utilizava como ateliê, contando o que aconteceu após o pedido de carona feito por Penélope.
— O que? Como não consegue convencê-la a se separar dele? — Marcela virou-se irritada para Lucas, com a expressão contorcida de incredulidade e raiva. — Pelo menos descobriu algo sobre o menino? É filho dela?
— Perguntei. Ela não confirmou, nem negou, só disse que casou pelo bem do menino.
Deixando escapar um suspiro carregado de frustração, Marcela lamentou sua determinação em evitar o – até que se provasse o contrário - filho de seu ex-marido enquanto estivesse na mansão. O fazia para manter a mente sã, mas agora se arrependia.
Torceu as mãos uma na outra, relembrando as características de Samuel. Era inegável que o menino possuía os traços marcantes dos homens Freitas, até a postura confiante. Mas o que realmente a intrigava e não saia de sua mente, atormentando-a dia e noite, eram os olhos