Fiquei em silêncio com os olhos arregalados. Ele tinha um olhar intenso. Engoli em seco.
— Você não pode fazer isso?
— Acabei de fazer, Daniela.
— Mas você disse que não me quer... Disse que sou imatura...
— Eu sei. Eu estava com medo, Daniela. Na verdade, ainda estou.
— Tem medo de mim? — Mordi o lábio e ele riu.
— Às vezes.
— Há, há, há — debochei.
— Eu quero você mais do que tudo, Daniela. — Sorri e ele também. — Mas você tem que ter paciência comigo.
— Hum... Eu não sou muito paciente — falei revirando os olhos e ele riu. — Por que está dizendo isso?
— Eu tive um relacionamento difícil e jurei nunca mais ficar com ninguém.
— Você é muito novo para jurar uma coisa assim, sabia?
— Eu sei, mas...
— Você ainda pensa nessa pessoa?
— Não. Mas ela me usou de uma maneira que marcou.
— Que maneira?
— Não quero falar disso. Só peço que tenha paciência.
— Posso tentar. Você vai ter comigo?
Ele sorriu e acariciou meu rosto.
— Eu preciso de muita paciência mesmo — respondeu olhando para cima, f