Quando chegamos, fui direto para a cozinha e enchi um copo de água. Guilherme me seguiu e encostou na porta, me olhando de braços cruzados. Ótimo! Está bloqueando minha passagem e vou ter que ouvir.
— Sinceramente eu não sei o que fazer com você.
— Não faz. Não sei porque você acha que tem que fazer — falei seca.
— Você não facilita mesmo as coisas, não é? — perguntou irritado.
— Melhor eu tomar um banho e sossegar o facho... — Tentei passar e ele me impediu.
— Tem ideia do que você fez hoje?
— Pulei uns obstáculos.
— Poderia ter caído e se machucado sério, garota!
— Mas não cai! Estou aqui inteira! Então para de resmungar igual um velho chato!
Guilherme se aproximou feroz e me empurrou na parede. Bati as costas com força e olhei o rosto dele. Antes que eu conseguisse encontrar uma ofensa na mente, ele prendeu meus pulsos contra a parede. Arregalei os olhos e ele atacou meus lábios com fúria.
Fiquei sem reação. Até porque não conseguiria reagir mesmo, pois se tivesse que empurrar ele,