Após a conversa intensa e reveladora, um silêncio pesado pairou entre Bruno e Leonardo. Ambos sabiam que haviam cavado fundo nas feridas do passado, mas agora era hora de seguir em frente, pelo menos por enquanto. Leonardo, imerso em seus próprios pensamentos sombrios, voltou-se para a tarefa que tinha em mãos: fabricar as bombas caseiras. Era uma atividade que exigia concentração, mas também lhe permitia canalizar sua raiva e frustração.
Enquanto as horas passavam, ele trabalhou meticulosamente, suas mãos ágeis moldando cada componente com precisão. A adrenalina pulsava em suas veias a cada passo do processo. O cheiro de pólvora e o som dos materiais se juntando pareciam quase uma sinfonia de revolta. Ele estava determinado a enviar uma mensagem clara, mesmo sem precisar de palavras.
Finalmente, após muito esforço, Leonardo preparou duas caixas de presente. A primeira foi endereçada à delegacia, um local que ele associava com injustiça e dor. Dentro da caixa, colocou uma bomba inof