Amos ainda tinha a mente fervendo, mas não era só com números e gráficos. Enquanto digitava no teclado improvisado, uma imagem insistia em voltar: os lábios de Cassie. Como seria beijá-la? Como seria senti-la se aproximando dele, não por necessidade de calor, mas por desejo? Amos afastou o pensamento com violência, quase irritado consigo mesmo. Ele não tinha tempo para esse tipo de distração. E, ainda assim, a sensação de que Yohan havia experimentado algo que ele nunca ousara se intrometer ardia como fogo baixo no fundo do peito.
Durante toda a vida, ele nunca tinha se pegado pensando nisso. Claro que um dia perguntou ao pai de onde vinham os bebês e depois foi pesquisar por conta própria, porém não era como Nick e os gêmeos que eram paqueradores convictos, ou como os mais velhos que pareciam carregar uma lacuna.
Amos sempre teve outros assuntos como prioridade, seus projetos. Até que Cassie chegou e estava o deixando confuso, o cheiro dela mexia com algo primitivo dentro dele, seu l