A chuva fina descia constante, quase preguiçosa, desenhando caminhos pelas janelas da casa de Hendrick. O som era suave, ritmado — um lembrete gentil de que o ano estava chegando ao fim.
Cassie terminou de ajeitar o cobertor dobrado sobre o sofá e deu um passo atrás para observar o resultado. A sala estava completamente transformada: almofadas espalhadas pelo tapete, mantas dobradas nos cantos, travesseiros, cestos com pipoca e canecas fumegantes de chocolate quente.
— Está parecendo um acampamento humano — brincou Amos, segurando o projetor nas mãos. O brilho discreto do aparelho refletia na parede enquanto ele o ajustava sobre a mesa de centro.
Cassie riu. — Esse é o objetivo. — Puxou uma almofada para o chão. — A ideia é que seja aconchegante, nada de formalidades hoje.
— Formalidades nunca foram o problema. — Ele a olhou com aquele humor discreto, os cantos dos lábios curvando-se. — A parte difícil foi encontrar uma tomada compátivel e baixar arquivos tão pesados.
Cassie gargalhou