Mary
Henry estava sentado na sala rodeado de livros de bebês e revirei os olhos me encostando a bancada pegando uma das uvas da cesta de frutas.
- Você acha que ele está pirando? – perguntei a Ruth que parou secando as mãos em um pano de prato.
- Acho que sim. – disse pensativa enquanto Henry virava mais uma página e roía mais uma unha.
- O que eu deveria fazer? – peguei mais uma uva.
- Não sei. – murmurou olhando e inclinei a cabeça para o lado. Peguei o pote de uvas e segui para o sofá me sentando próxima a ele.
- Amor, não acha que está bom por hoje? – sorri.
- Você sabia que bebês podem se engasgar até mesmo com o leite da mãe? Isso é um perigo. – balançou a cabeça. – Ele não poderá comer uvas até ter, sei lá, uns seis anos.
- Nós podemos esperar. – sorri.
- Deveríamos comprar sapatos baixos para você, a doutora falou para não se esforçar muito, acho salto muito perigoso.
- Eu tenho sapatos baixos Henry. – murmurei terminando um cacho de uva.
- Você também deveria ir para lugares