André e a Quebra do Protocolo do Divórcio
A conversa com Isabella havia sido uma cirurgia fria. A Matriarca havia exposto a ferida de André e exigido uma solução, não um curativo. Ele concordou em terminar o casamento, não por amor ou mágoa, mas por disciplina: ele precisava de um final para restaurar a sua integridade operacional.
Horas após o desjejum, André contactou Dante através da linha criptografada, o tom de voz rigidamente profissional, como se estivesse a reportar uma falha de hardware.
— Eu preciso que o seu escritório prepare a documentação. Divórcio. — André não usou eufemismos.
Dante, habituado a lidar com crises de grande escala, não se perturbou.
— Clara? Achei que isso era um problema congelado.
— Não é um problema. É um ativo que deve ser desinvestido para mitigar o risco. O meu foco está comprometido e a prioridade é a segurança da Sra. Moretti. Eu preciso de uma resolução limpa.
— Certo. — Dante era conciso, apreciando a linguagem empresarial do amigo.