Priscila Barcella
Quando chegamos em casa, a sala estava cheia dos amigos do Ítalo. Eram cinco meninos jogando videogame. Havia uma maquete muito bem feita na mesa de jantar, uma caixa de pizza na mesinha de centro e alguns copos com refrigerante.
Se fosse há alguns dias, eu teria surtado.
— Boa noite — falei, já que eles não notaram nossa presença.
— Sujou — comentou um menino.
— Nossa, como vocês estão lindas! Estamos só jogando um pouco. — Ítalo falou sorrindo.
— Tudo bem, campeão. Muito obrigada. Agora, não vai me apresentar os seus amigos? — perguntei, e ele sorriu.
— Claro. Este aqui é o Paulo — ele apontou para o menino que tinha dito "sujou". — Ele tem uma cara de esperto.
— Prazer — falei, estendendo a mão.
— Este é o Gabriel — disse, indicando um menino gordinho que estava comendo mais pizza.
— Oi, tia — ele falou, sorrindo.
— Oi, prazer — respondi, sorrindo de volta.
— Eu sou o Davi, tia — disse um menino loiro de cabelos cacheados, o menorzinho do grupo.
— Prazer, Davi —