Ele pôs o braço sobre meu ombro, olhando para o movimento da água que descia em direção à cachoeira:
- Seria muito egoísmo da minha parte agradecer a Deus por ter me deixado desposá-la antes? – A voz dele saiu baixa.
- Eu... Não tenho certeza. – Fui sincera.
- Se Lourenço não tivesse se jogado na frente, eu teria feito.
- Não tenho dúvidas. Você esteve aqui o tempo todo, ao meu lado.
- Passou pela sua cabeça que a lua de mel seria assim? – ele riu, em meio ao caos recente que havíamos passado.
- Não consigo imaginar nada mais aventureiro e divertido! – Ri, com ironia.
- Se eu contasse que vi pessoas que não eram de verdade em meio a isto tudo, pensaria que estou ficando louco? – Ele não me olhou.
- Vultos?
- Não eram vultos... Pareciam reais, de carne e osso. Mas... Não tinha como serem... Por conta...
- De suas roupas. Não eram do nosso tempo. – Completei, sentindo um frio percorrer minha espinha.
- Talvez os Kasenkinos e o povo de Machia... Os “espíritos antigos”, como o povo da flo