- A Associação dos Direitos dos animais ficará feliz por eu ter livrado o mundo de vermes sugadores de sangue e disseminadores de doenças.
Ele pegou minha mão, hesitante:
– Estamos falando da mesma coisa?
Eu gargalhei:
- Acho que... Não!
Meu pai meneou a cabeça:
- Certas coisas não mudam, não é mesmo?
- Como por exemplo? – Fiquei curiosa.
- Você não se abrir comigo.
- Por que acha que escondo algo? – Fiquei séria, imaginando se Nadine poderia ter lhe contado sobre o que houve.
- Porque seus olhos não brilham como antes.
- Isto... É ridículo. – Ri, tentando levantar.
Júlio Dave pegou-me pelo pulso, fazendo-me sentar novamente:
- O que posso fazer para que esta tristeza saia de dentro de você?
- Nada! – Abaixei a cabeça, tentando conter minha vontade de implorar por justiça.
Meu pai respirou profundamente, deixando claro o quanto se sentia frustrado. Depois levantou-se e saiu, me deixando ali, sozinha na mesa do escritório.
Suspirei, olhando para o nada. Sabia que contar sobre o estupro