75. Barreiras frágeis e a infiltração no santuário
As noites de Luigi Calegari eram um campo de batalha silencioso. De um lado, o amor puro e inabalável por Jessica, a imagem de seus filhos, a santidade de sua família. Do outro, a sombra persistente de Diana Monteiro, com seus olhos cor de mel que prometiam um entendimento perigoso e uma admiração que ele repudiava, mas que, traiçoeiramente, o intrigava. A culpa era um fardo esmagador, a sensação de estar traindo a confiança de Jessica em pensamento era uma tortura que lhe roubava o sono e a paz.
Determinado a extirpar aquela influência nefasta de sua vida, Luigi tomou uma decisão drástica. Precisava criar uma barreira, um distanciamento profissional que tornasse impossível qualquer nova aproximação sutil de Diana. Reuniu-se com Jessica e Beatriz, a gerente de projetos da Fundação, sob o pretexto de uma "reestruturação para otimizar a tomada de decisões".
"Meu amor, Beatriz", começou Luigi, com uma formalidade que surpreendeu um pouco Jessica, "tenho analisado o fluxo de trabalho da F