A reunião no escritório de Luigi Calegari fora, para Diana Monteiro, um triunfo silencioso. A admiração profissional nos olhos do CEO, ainda que ele a atribuísse unicamente à sua competência, era o primeiro elo da corrente que ela pretendia forjar. Nos dias e semanas que se seguiram, Diana dedicou-se a fortalecer esse elo, com a paciência de uma tecelã e a astúcia de uma predadora.

Sua atuação na Fundação Calegari era impecável. O projeto "Raízes Culturais", sob sua consultoria, ganhava um dinamismo e uma profundidade que encantavam Jessica e sua equipe. Diana não apenas trazia ideias inovadoras, mas arregaçava as mangas, viajava para as comunidades mais remotas, dialogava com os líderes locais e artistas populares com uma sensibilidade e um respeito que a tornavam querida por todos. E cada sucesso, cada relatório positivo, era invariavelmente apresentado a Jessica como um triunfo da "visão e liderança da Sra. Calegari".

"Você tem um toque mágico, Diana", Jessica dizia com frequência,