65. A dança da confiança e a sombra da manipulação
Os meses que se seguiram à reunião inicial na Fundação Calegari foram um testemunho da habilidade e da paciência de Diana Monteiro. Longe de qualquer precipitação, ela se dedicou com um afinco exemplar ao projeto "Raízes Culturais", tornando-se, em pouco tempo, uma figura indispensável para Jessica e para toda a equipe. Suas ideias eram inovadoras, sua capacidade de execução, impecável, e sua dedicação (aparente) à causa filantrópica era contagiante.
Diana não poupava esforços. Mergulhava em pesquisas, viajava para as comunidades rurais onde os projetos-piloto seriam implementados, conversava com os artesãos locais, ouvia suas histórias, e traduzia suas necessidades em propostas concretas e viáveis. Conquistou rapidamente o respeito de Beatriz, a gerente de projetos, e a admiração de toda a equipe da Fundação, que via nela não apenas uma consultora brilhante, mas uma colega apaixonada e engajada.
Seu principal foco, no entanto, era Jessica. Diana sabia que a confiança da Sra. Calegari