19. A dança silenciosa dos corações
A manhã seguinte ao jantar e ao segundo quase-beijo encontrou Jessica e Luigi navegando em um mar de emoções não ditas e uma autoconsciência quase dolorosa. O "dia de descanso" anterior, com sua estranheza e formalidade forçada, parecia um ensaio pálido para a complexidade que agora se instalara entre eles. Aquele jantar, a conversa íntima, a confissão velada de Luigi sobre a importância dela em sua vida "em todos os sentidos imagináveis", e a eletricidade daquele momento em que seus lábios estiveram a um suspiro de distância – tudo isso havia alterado fundamentalmente a paisagem de seu relacionamento.
Jessica acordou sentindo como se flutuasse em uma nuvem de esperança e pavor. A maneira como Luigi a olhara, a ternura em sua voz, a admissão de que havia "algo aqui" entre eles... era mais do que jamais sonhara. Mas o medo era um companheiro teimoso. Medo de que ele se arrependesse da vulnerabilidade demonstrada, medo de que as pressões externas o fizessem recuar novamente, medo de que