107. Caminhando sobre a ponte e os desafios do recomeço
O calor da mão de Jessica sobre a sua, um toque que durou apenas alguns segundos, mas que carregava o peso de meses de dor e saudade, tornou-se a nova obsessão de Luigi Calegari. Era uma sensação que ele revivia em sua mente a cada instante, um farol de esperança em meio ao oceano de seu arrependimento. Aquele simples gesto, iniciado por ela, era uma permissão. Não para o amor, não para a intimidade, mas para a possibilidade. E para um homem que se considerava condenado a uma penitência eterna, a possibilidade era tudo.
A atmosfera na mansão, na manhã seguinte, era de uma timidez palpável. Durante o café da manhã, Luigi e Jessica trocaram olhares que eram uma mistura de constrangimento e uma nova e frágil curiosidade. A raiva gélida nos olhos de Jessica havia sido substituída por uma vulnerabilidade que a assustava, mas que também a tornava incrivelmente humana aos olhos de Luigi. Ele, por sua vez, a olhava com uma adoração e um respeito que eram quase reverenciais.
O pacto de "um dia