Alade*
O sol ainda mal havia tocado o horizonte quando Aaron foi carregado às pressas para o centro do acampamento. Seu corpo convulsionava com espasmos incontroláveis, o rosto tingido de um vermelho doentio, e o local da mordida — agora púrpura profundo — pulsava como se tivesse vida própria. Alade o segurava com força, seus dedos entrelaçados aos dele, como se pudesse, com aquele gesto, impedi-lo de se afastar da vida.
Os lupinos cercaram o corpo, tensos, formando um círculo em torno dele. Alade, ajoelhada, tremia. Heleana se aproximou com os olhos fixos na ferida.
— Como... Como curamos ele? — a voz de Alade era pura urgência.
A vampira a fitou, impotente.
— Eu... Eu não sei. Não faço ideia de que tipo de veneno possa estar no sangue dele.
— Como não sabe?! — Alade esbravejou, quase se sufocando. — Ele vai morrer!
— Você está chorando.
A voz serena, fria, quebrou o ar.
Ela virou o rosto bruscamente. Miradiel se aproximava em passos lentos, e ao tocar as próprias bochechas, Alade pe