HENRIQUE
Aquela noite mal dormida me deixou com os nervos à flor da pele. Nestor estava crescendo nas sombras, e cada contato que eu procurava me dizia a mesma coisa: ele era inteligente, discreto, e ninguém sabia muito sobre seus próximos passos. Mas o silêncio era sempre um sinal de que algo grande estava por vir.
Passei a manhã no escritório, tentando juntar as poucas informações que havia conseguido. Nestor operava com calma, sem chamar atenção. Isso o tornava ainda mais perigoso. Ele não era impulsivo como Alberto. Era alguém que jogava a longo prazo, e a cada movimento calculado, sua rede de influência crescia.
Tito estava certo: se eu não agisse logo, Nestor descobriria o que aconteceu com Alberto. E quando isso acontecesse, eu seria o próximo alvo.
Peguei o telefone, pensando no que fazer a seguir. Eu precisava de mais informações, algo concreto para agir. Saber apenas que ele estava movimentando suas peças não era suficiente. Eu precisava entender quem ele era de verdade, sua