O convento estava silencioso, mas dentro da mente de Valentina, um turbilhão de pensamentos e medos se acumulava. Ela andava de um lado para o outro no pequeno escritório, enquanto Gabriel, apoiado contra a mesa, observava atentamente.
— Precisamos expor Vicente de uma vez por todas. Não podemos mais agir na defensiva — Valentina disse, quebrando o silêncio. Gabriel cruzou os braços. — Se formos até a delegacia amanhã, como querem, estaremos entrando no território dele. Isso pode ser exatamente o que ele deseja. Ela parou e olhou para ele. — Então precisamos nos antecipar. Gabriel assentiu. — Há um promotor na capital que já investigava Vicente antes, mas ele nunca teve provas concretas. Se entregarmos o que temos diretamente para ele, podemos tirá-lo do poder sem precisar nos expor tanto. Valentina ponderou por um momento. — Como podemos confiar que