Capítulo 11
Dolores entrou no quarto, pegou o celular e viu na tela que não tinha sinal.
Suspirou, irritada.
- Não pode ser...
Caminhou até a janela, ergueu o aparelho, ficou na ponta dos pés, virou o corpo para a esquerda, para a direita...
Nada.
Bufou e decidiu sair.
Caminhou até a varanda, olhou para o céu, para a tela, para as barras do sinal como se pudessem crescer com a força da vontade.
Desceu a escada da varanda e continuou andando. Passou pela horta. Pelo caminhão de ração estacionado. Pelos galpões.
A cada passo, um olhar para o celular. E nada. Zerado.
- Mas que inferno de silêncio tecnológico...
Afastou-se mais do que percebeu, os sons da fazenda estavam ficando distantes. O vento ali era mais forte. Até que, de repente: 1 barra. E então 2.
Dolores ergueu o celular mais alto.
- Vamos, vamos...
3 barras.
- ALELUIA!
Apertou rápido o botão de chamada e esperou.
Depois de dois toques, escutou a voz do assistente:
- Nossa, até que enfim! Já estava pensando em mandar o exército