Agradeço mais uma vez, mentalmente, por Dafne ser tão boca aberta, e acompanho o caminho do Uber pelo GPS. Eu vou mesmo fazer isso. Aliso meu vestido vermelho de poá e vejo o reflexo do meu batom vinho no espelhinho de bolsa que carrego.
Italianos gostam de vermelho, não gostam? Respiro fundo e abro um sorriso, assim que paramos na porta do restaurante.
É isso, bora fazer acontecer, Lia.
Entro no ambiente agradável e instantaneamente me sinto em casa. O lugar é muito aconchegante, mesmo vazio, por ser um dia qualquer de semana. Abro um enorme sorriso e me apresento à hostess que pergunta, um pouquinho mal-humorada: “Mesa para quantas pessoas?”
— Uma só, por favor. — assim que termino de responder, uma senhora rechonchuda e muito sorridente, com um vestido florido e seu coque bem arrumado, chega até a mesinha, dis