Bruno Alcântara
Assim que desliguei o telefone, me arrumei, voltei ao closet e peguei minha pistola. Separei um envelope com dinheiro e liguei novamente para o delegado.
— Senhor Alcântara, o que posso fazer pelo senhor? — Ele atende no segundo toque.
— Boa noite, senhor Mendonça. Gostaria de ter uma conversa reservada. Tenho uma proposta a fazer. — Preciso trazê-lo para o meu lado.
— Interessante. Pode falar, estou ouvindo. — Espero que não seja espertinho demais e aceite.
— Não por telefone. Poderia comparecer hoje na minha boate? — Preciso falar com ele pessoalmente.
— Hoje estou de plantão, mas posso ir por volta da meia-noite. Não poderei demorar. — Menos mal.
— Não se preocupe, será rápido. — Digo a ele.
— Então, tudo bem, estarei lá, senhor Alcântara. — Ouço alguém chamando ele ao fundo.
— Até daqui a pouco. — Desligo.
Ligo para casa e minha irmã atende logo.
— Oi, Bruno, tudo bem? — Ela parece sorridente, o que me tranquiliza.
— Oi, pequena, como estão as coisas aí? Está tudo