Cleide Magalhães
A vida é uma coisa estranha. Temos muitos momentos distintos e tentamos nos adaptar a todas as situações que surgem em nosso caminho.
Por muito tempo, minha vida foi uma tortura constante. Eu nunca sabia se sobreviveria à próxima surra ou o que ele teria em mente para fazer comigo.
Após fugir dele, minha existência se tornou como um lago com pequenas ondas calmo, mas sem força suficiente para me manter flutuando. E, assim que descobri o que estava acontecendo com Henrique, a mesma sensação de incerteza voltou a perturbar minha mente: aquele medo constante de não saber o que poderia acontecer.
Mas agora, passados mais de três meses desde o acidente, sinto-me estranha. É como se não houvesse mais motivo para preocupação constante. Não sei se é porque Dakota sempre entra em contato comigo para contar como ele está ou porque Abigail também me envia notícias com frequência.
Tenho feito terapia para superar todos os traumas causados por James e, agora, para lidar com a sepa