Gustavo Lira
No dia seguinte, contamos para a família que estamos esperando o Nemo 2. Vanessa se surpreende com a alegria geral, mas consigo perceber que algo a deixa triste, embora eu não entenda o motivo.
Decido fazer um brigadeiro e escolho algumas frutas para tentar animá-la. Ela está na sala assistindo a um desenho com nosso filho e se desfaz em lágrimas por algum motivo.
Com tudo pronto, sento ao seu lado, entrego uma colher e a panela com o brigadeiro. Quando ela me olha, seu nariz está vermelho de tanto chorar. Nosso filho pula por cima dela e se senta no meu colo, pegando os potes de frutas que levei.
Olho para Vanessa e faço carinho em seu cabelo, na esperança de que ela me conte o que está acontecendo, no seu tempo. Não quero forçá-la a falar nada que não queira.
— Não precisa me olhar assim preocupado, Gusta. — Ela fala, e apenas sorrio, sendo gentil.
— Não estou preocupado, colombiana, mas tem dias que você parece meio para baixo. — Ela encosta a cabeça no meu ombro e col