Cleide Magalhães
Saímos da propriedade da mansão, e eu não olhei para trás. Segurei as lágrimas enquanto Dakota apertava uma das minhas mãos e Neide a outra. Ouvi as duas sussurrando que tudo ficaria bem, mas, naquele momento, minha mente estava submersa na dor e na perda do meu filho.
O menino que eu criei tentando afastá-lo de qualquer semelhança com o monstro que depositou o esperma dentro de mim. Mas o olhar que ele me lançou ao entrar no quarto me fez lembrar de James quando estava tomado pela fúria.
O percurso até o hotel pareceu interminável. Eu estava exausta, meu corpo implorava por descanso, e minha mente precisava desesperadamente desligar. Dakota recostou a cabeça no meu ombro, enquanto sua mão acariciava minha barriga, acalmando o pequeno mistério que eu carregava.
Quando finalmente chegamos, o motorista me ajudou a sair do carro e me lançou um sorriso triste. Apenas assenti com um leve agradecimento. Pelo visto, todos sabiam o que estava acontecendo.
Dakota me conduziu a