Ruslan de Luca
O centro cirúrgico era frio, mas a atmosfera estava carregada de expectativa e felicidade. Ouvia Paola falando o nome dos nossos filhos para o anestesista que estava monitorando os seus sinais vitais.
Quando me aproximei da mesa onde Paola estava deitada, segurando firme minha mão, senti meu peito se apertar. O anestesista me deu um banquinho e sentei próximo à cabeça de Paola que deixou uma lágrima escorrer.
— Está tudo bem? — perguntei, passando os dedos pelo seu cabelo para afastá-lo de seu rosto.
— Agora que você está aqui, sim. — Limpei a lágrima.
Os médicos começaram o procedimento, e eu vi a tensão nos ombros dela. Mesmo com a anestesia aplicada ela não parecia relaxada é como se sentisse algo sendo retirado dela. Talvez fosse somente o momento da espera que parecia eterno.
— Respire fundo, meu amor. Em poucos minutos, eles estarão aqui.
Ela assentiu, e eu continuei segurando sua mão.
Então, ouvi o primeiro choro. Meu coração parou.
— Temos um menino! — anunciou