Laís Alcântara
Deixo o quarto onde será meu cativeiro com cara de que já estou há pelo menos dois dias aqui, minha mala estava no quarto, escolho uma roupa mais fresca e que provavelmente estaria usando na Itália. Se depender desses que estão aqui comigo, esse plano jamais daria certo.
Vou para o banheiro e troco a roupa pesada para o frio que estava em Nova York pelo vestido amarelo todo rendado, um presente da tia Juliana, quando eles foram à Argentina. Passo a mão pelo tecido confortável e me pego pensando em tudo que passei nos últimos dias ao lado do Henrique.
Se sou louca e irresponsável, isso sem dúvida alguma, já que entreguei a minha virgindade para o homem por quem sou apaixonada desde sempre. Enganei a mim mesmo por anos, tentando não aceitar o fato de que meu coração batia mais forte por um homem mais velho e praticamente inalcançável, que por alguma razão, que era desconhecida de mim até dias atrás, alimentava um ódio mortal da minha família.
Ainda não faço ideia de como