Paola Vega
O silêncio no quarto era quebrado pelo som da respiração cansada de Ruslan e pelo bip dos monitores. E me permiti por alguns minutos ali descansar com a minha cabeça em seu peito, tentando me agarrar à segurança de sentir seu coração ainda batendo sob minha pele.
Mas aquele silêncio durou pouco.
A porta se abriu com um leve clique e Alessa entrou apressada no quarto, o som que o seu salto parecia ecoar por todo o hospital.
— Como ele está? — Ela perguntou assim que me virei em sua direção.
Sorri e a vi aproximando-se da cama com os olhos fixos em Ruslan que estava com os olhos fechados, mas tenho certeza de que não estava dormindo.
Levantei a cabeça e passei a mão pelo seu rosto, tentando afastar as minhas próprias lágrimas antes que ela percebesse o quanto eu já estava à beira do colapso.
— Cansado… — respondi honestamente e comecei a levantar lentamente.
Antes que conseguisse sair da cama com aquela barriga enorme senti Ruslan fazendo esforço para abrir os olhos e nos dar