Lucas Pena
Cresci no morro onde o Bruno era o chefe. Sempre fomos amigos, e eu tinha um carinho enorme pela Juliana. Conforme fui crescendo, quis que ela fosse minha mulher, mas o destino tinha outros planos. Minha mãe casou-se com um chefe do morro da zona sul e, quando ele foi morto numa emboscada, viemos morar aqui.
Meu padrasto não deixou filhos, e eu assumi o comando em seu lugar, já que o substituto era um picareta. Consegui consertar as merdas que ele fez, trouxe lucro para o morro e ajudei muitas famílias a terem seu próprio ganha-pão. Aqui temos de tudo; a população só precisa descer ao asfalto se quiser.
Quando assumi, marquei um encontro com o Bruno. Firmamos um pacto, trocamos nossas pistolas e juramos nunca ser rivais.
Mas isso mudou há oito meses, quando ele matou meu primo sem me consultar. Acusou-o de estuprar a Juliana. Sei que aquela baixinha marrenta não mentiria sobre uma coisa dessas, mas ele poderia ter vindo até mim. Podíamos ter investigado com calma, e tenho c