Bruno Alcântara
Estou deitado na nossa cama, só de cueca, sentindo o cheiro que minha mulher deixou no travesseiro e pensando na merda que decidi fazer. Que situação me meti!
Já mandei muitas mensagens e liguei várias vezes, mas ela está me recusando. Decidi que ir atrás dela agora é perigoso; é melhor deixá-la sozinha para a raiva diminuir. Sem contar que está tarde. Tenho certeza de que ela não foi para um hotel, deve estar com nossos irmãos no hospital.
Assim que entro no closet, ela me envia uma mensagem, o que me arrasa ainda mais. Começo a chorar. Lembro-me de quando mobiliávamos o apartamento, eles fizeram um pequeno bar. Vou até a sala, pego uma garrafa e um copo, volto para o quarto e, enquanto penso na minha deusa, esvazio a garrafa sozinho.
Acabo dormindo com o telefone ligado, olhando para uma foto dela no nosso passeio de iate. Precisava da minha morena ao meu lado.
Amanhece e sou acordado pelo PJ ligando. Ele avisa que o Lucas está tramando algo. Conseguiram pegar um dos