Vanessa Díaz
Saber que Gustavo fez escolhas tão ruins apenas para tentar me esquecer me deixa péssima. Entro no box sem pensar duas vezes, sem me importar em molhar o gesso da perna ou a imobilização do braço. Não me arrependo. Ele precisava sentir confiança em mim, precisava ter certeza de que, a partir de agora, seremos de fato um casal. Estarei ao seu lado para superar tudo o que vier.
Depois de fazermos amor no banheiro, ele me ajuda a secar o máximo possível o gesso da perna e decidimos que, pela manhã, iremos à emergência para trocá-lo antes da viagem.
Fico observando Gustavo dormir tranquilo ao meu lado. Tento me levantar sem acordá-lo, mas meus seios estão muito cheios e preciso esvaziá-los. Ao puxar a perna engessada, ele desperta, ainda sonolento, mas com um sorriso lindo, bem diferente do homem atormentado de ontem.
— Bom dia, minha medrosa! — ele diz.
Retribuo com um sorriso e um selinho.
— Não sou medrosa, só tinha receio de que algo lhe acontecesse.
Ele ri descaradamente