Ruslan de Luca
O frio parecia devorar meu corpo por dentro. Uma maldita febre que me consumia acabou me fazendo desmaiar na casa da mulher que provavelmente deve estar me achando um lunático por estar aqui em sua casa nesse momento.
Quando abro os olhos a minha visão oscilava. Não estava sabendo distinguir entre o real e um sonho. Estava deitado em seu sofá. Fecho e abro os olhos novamente na esperança de que tudo se torne ainda mais claro e real. Percebo que há um cobertor sobre o meu corpo, mas me sentia como se estivesse em um forno portátil e, ao mesmo tempo, tremia como se estivesse nu em uma tempestade de neve.
Abro os olhos e em meio aos delírios da febre que estava tendo me via em uma praia, sentado na areia ouvindo a risada ao meu lado. Viro o rosto e a vejo, com o cabelo curto e um sorriso deslumbrante em seus lábios.
Paola.
Ela estava usando um maiô verde que escondia a sua barriguinha de grávida. O sorriso dela em minha direção me fez sentir o homem mais feliz do mundo. Ha