Laís Alcântara
Acordo com a cabeça doendo, sinto o peso do tecido que me mantinha aquecida, tento encontrar pontos em minha memória que possam me levar até onde estou nesse momento.
Aperto os olhos quando as lembranças de sentir o Henrique me encurralando na parede me deixaram sem fôlego, desejava que ele beijasse meus lábios, que sua barba fizesse cócegas pelo meu pescoço.
Porém, me recordo quando ele sacou a sua pistola e apontou para o chão, um sinal de que ele estava ali para algo e que, não importava o que acontecesse, ele iria terminar o que estava fazendo no meu quarto.
Me viro na cama e abro os olhos. Estava sozinha no grande quarto, mas na mesinha ao meu lado havia uma jarra com água e uma cartela de comprimidos, ao lado um bilhete que me estiquei para pegar.
“Caso esteja com dor de cabeça”
Pego a cartela e olho o verso, realmente era um analgésico, pego dois e coloco na boca de uma só vez, na esperança de que, como um truque de mágica, a dor suma da minha cabeça, então me le