83 Ela não olhou de volta.
Samuel se voltou para ela, observando-a; o tecido em seu corpo era diferente, a abraçava tanto que ele podia sentir admiração e chateação por pensar que ela havia demorado expondo-se na porta de sua casa.
— Há quanto tempo está aí, me esperando? — quis saber sério.
Samia olhou para o celular, verificando as horas.
— Há pelo menos uns vinte minutos. — respondeu calmamente.
— Vinte minutos? — ele alertou-se.
Samia estranhou sua mudança de foco.
— Sim, qual o problema? — quis saber. Desconfiava significar perda de tempo para ele; ele praticamente vivia para o trabalho.
— Por que não me ligou? — ele questionou, saindo do acostamento chateado.
— Não vejo problema em esperar. — disse ela. Ela gostava de sua independência, mas não queria chegar ao ponto em que Samuel estava.
— Eu vejo, muitos problemas. — não lhe explicou o motivo de sua chateação, apenas cerrou os dentes, a fazendo perceber haver retirado a barba rala; seus cabelos haviam sido aparados, estavam acima das orelhas, lisos e