Vittoria sente a garganta arder, os olhos marejando enquanto aperta o ursinho contra o peito, lutando para conter o nó que ameaça transbordar em lágrimas.
Percebendo o peso que pairava no ar, Vincenzo se inclina mais perto da cama e, de propósito, repete o gesto de tocar de leve a pontinha do nariz da menina, certo de que arrancaria dela a risadinha suave que nunca falhava em surgir.
— O que é isso? — Vincenzo provoca, arqueando a sobrancelha como se estivesse realmente surpreso. — Parece que vi um sorrisinho tentando escapar daqui.
Lily leva a mãozinha à boca, tentando segurar a risada que insiste em escapar, mas logo se rende, os olhinhos brilhando de alegria.
— Titio, você sempre faz cócegas no meu nariz.
— E vou repetir quantas vezes for preciso, porque a sua risada é a melodia mais bonita que já chegou aos meus ouvidos.
Vittoria permanece imóvel, como se tivesse receio de quebrar aquele instante somente por respirar mais fundo.
Ela desvia o olhar para a mãe da menina e, em meio à