Vincenzo sente o coração parar quando vê Vittoria perder a consciência, o corpo dela se rendendo à corrente como um fardo arrastado pela escuridão.
O desespero explode dentro dele, um grito mudo preso na garganta, abafado pela água, mas que incendeia cada nervo.
Movido pela necessidade de salvá-la, ele projeta ambos os braços para frente, a dor rasgando por dentro, e avança contra a corrente com violência, cada braçada mais desesperada e feroz que a anterior.
Quando enfim a alcança, ele a envolve contra o peito, o corpo inteiro contraído em proteção, segurando-a com uma força desesperada enquanto nada em direção à superfície.
A corrente tenta arrastá-los de volta, cada braçada parece insuficiente, o ar falta nos pulmões e a dor lateja pelo ombro, mas ele avança mesmo assim, como se a vida dela fosse a única razão para não se entregar à escuridão que os cerca.
Em um impulso final, ele rompe a superfície, arfando em busca de ar, enquanto mantém Vittoria inconsciente colada ao peito.
O p