Giulia Ricciardi
Desci as escadas e segui direto para a sala de jantar, onde o aroma de café fresco e pão recém-saído do forno preenchia o ambiente. Meus pais e Francesca já estavam à mesa, saboreando o café da manhã.
— Bom dia, família — cumprimentei, acomodando-me em uma das cadeiras.
— Bom dia — responderam em uníssono.
Desde a morte de Marco, Francesca e eu decidimos retomar algumas tradições familiares, e uma delas era tomar café juntos sempre que possível. Não era apenas uma refeição, mas um momento de conexão, um esforço silencioso para restaurar um pouco da normalidade que nos foi arrancada.
Enquanto comíamos, conversávamos sobre trivialidades do dia a dia—os negócios da família, os eventos sociais que precisaríamos comparecer, e até mesmo sobre o novo jardim que mamãe planejava renovar. O clima estava mais leve do que nos últimos meses, mas ainda havia um vazio sutil pairando no ar.
Foi então que mamãe direcionou a conversa para um assunto delicado.
— E você, filha? Quando vo