Lorenzo Salvatore
Assim que a porta escancarou, a cena diante de nós foi revelada em uma fração de segundo. Era uma sala ampla, iluminada por refletores pendurados no teto, que projetavam uma luz fria e opressora. Caixas de madeira e mesas desorganizadas estavam espalhadas pelo lugar, formando um labirinto improvisado. No fundo da sala, dois homens estavam posicionados ao lado de uma jovem com as mãos amarradas à cadeira — Anna.
Meu sangue gelou. Ela estava pálida, com o rosto marcado por um corte na bochecha, mas seus olhos estavam vivos e atentos. Assim que me viu, sua expressão mudou de medo para esperança.
Os dois homens se voltaram para nós, surpresos, mas foram rápidos em erguer suas armas.
— Cobre-se! — gritei, mergulhando para trás de uma das caixas enquanto os tiros explodiam pelo ambiente.
O som era ensurdecedor, o eco dos disparos se misturando ao caos que se instaurava. O cheiro de pólvora ficou mais forte, queimando minhas narinas. Os soldados ao meu lado respondera