Os dias seguiam como uma dança delicada entre o amor e o medo. Elisa se entregava ao sentimento que crescia dentro dela como uma flor em pleno verão, mas, ao mesmo tempo, havia momentos em que a sombra do passado lançava sobre ela uma dúvida, um receio difícil de ignorar.
Era fácil amar Rafael. Ele era carinho em forma de abraço, compreensão em forma de olhar, segurança em forma de presença. Não havia cobranças, não havia imposições, apenas amor — e, ainda assim, ela sentia aquele aperto incômodo no peito, aquela voz sussurrando que talvez fosse bom demais para durar.
Em algumas noites, deitada em sua cama, o vazio do quarto parecia gritar. Não era a ausência dele apenas; era a ausência de certezas dentro de si mesma. Sentia-se uma contraditória, uma mulher que amava profundamente e, ao mesmo tempo, tinha medo de viver esse amor plenamente.
Queria tanto ser diferente. Queria tanto olhar para Rafael e dizer "sim" para tudo o que ele sonhava construir com ela. Mas, sempre que tentava im