O saguão do hospital era branco demais. Frio demais. Silencioso demais. Isabela nunca gostou de hospitais, e aquela sensação de impotência a corroía por dentro.
A mãe estava internada na UTI, sob observação, e mesmo que o quadro fosse estável, o médico deixara claro: o emocional da Sra. Helena Navarro estava abalado. E muito do que causara aquilo tinha a ver com os escândalos que estouraram na imprensa naquela manhã.
Isabela e Leonardo aguardavam em uma das salas reservadas para familiares. Marcela entrava e saía, com atualizações sobre o hospital e também sobre os estragos que começavam a surgir na Navarro & Costa. A empresa estava sendo pressionada, manchetes pipocavam nos sites de economia e nas redes sociais.
— Precisamos agir — Isabela disse, quebrando o silêncio. — Não posso permitir que o nome da minha mãe seja destruído. E muito menos o da minha família.
Leonardo, sentado ao lado dela, tocou em sua mão.
— A gente vai dar um jeito. Eu liguei para um advogado amigo meu. Ele vai