Isabela mal teve tempo de fechar a porta do quarto quando Leonardo a puxou pela cintura, colando os corpos como ímãs de polaridade oposta. A mochila com os pães velhos ainda pendia de um dos ombros dele, e o cheiro de campo e farinha preenchia o ar.
— Está me sequestrando, senhor Vasconcellos? — ela provocou, com um sorriso travesso.
— Estou, sim, senhorita quase Vasconcellos. E aviso logo: aqui dentro, só entra quem aceitar beijar antes do almoço.
— Ai, que ameaça terrível — respondeu, já se rendendo ao beijo que veio quente, doce e despretensioso.
O beijo se alongou até que ambos perderam o fôlego. Isabela encostou a testa na dele, o riso ainda vibrando no peito.
— A gente parece adolescente de 17 anos.
— Errado — Leonardo disse. — Adolescente de 17 anos não tem dor nas costas depois de dormir em colchão de pousada.
Ela caiu na gargalhada.
— Verdade. A vida adulta é sexy, mas cheia de boletos e hérnia.
— Fala isso com essa cara linda, com cabelo preso nesse coque desarrumado e esses