"Ravenna"
Acordei com a sensação de que voava entre as nuvens.
Foi tão gostoso que suspirei, maravilhada, sem compreender ao certo aquela alegria imensa que se espalhava pelo meu coração. Então, senti o cheiro de Cassius e entendi tudo, aconchegando-me em seu peito nu.
— Oi...
A voz rouca balançou meu cabelo perto da testa e ergui os olhos, com o sangue acelerando ao encontrar o mar prateado e preguiçoso concentrado em mim. Quase derreti.
— Oi... Pensei que estivesse sonhando — murmurei. E toda a realidade veio, surpreendendo-me mais uma vez. — Vamos ter um filho.
Cassius me puxou, as emoções dançando em sua expressão.
— Parece um sonho mesmo, Venna.
— Mas é real. Não tinha percebido, mas depois que meu pai falou... foi tanta coisa nova! E sabe o que mais? Agora tenho certeza de que somos predestinados.
Ele me analisou, com olhos semicerrados. As pontas dos dedos passavam por meu ombro, subindo até o pescoço.
— Eu sei que somos.
Suas palavras me surpreenderam. Então sorri, pois já não