111. A TUMBA DAS SELENIAS
VALERIA
Os soldados vampiros estavam sendo atacados, garras escuras surgiam traiçoeiramente do nada.
Por melhor que fosse a visão deles, era quase impossível prever os golpes. Os gritos se acumulavam, junto com o cheiro de sangue.
— Maldição, Valeria, corra! Corra para fora dessa porcaria ou eu mesmo vou jogar os seus amiguinhos pulguentos no primeiro espectro que aparecer! — rugiu o Rei Vampiro. E foi exatamente o que fiz, comecei a correr como uma louca.
Meu vestido voava ao vento, a escuridão se revolvia ao meu redor, éramos perseguidos, olhos vermelhos por todos os lados, gritos e puro terror.
No meio de tanta escuridão, vi uma luz brilhante, como a fenda de uma porta gigantesca entreaberta. Do outro lado, deveria estar a salvação.
Meus tornozelos foram agarrados, os saltos dos meus botins afundavam em uma substância pegajosa, e garras afiadas seguravam meus braços.
Precisei lutar várias vezes. Não acredito que ser uma Selenia me tornasse completamente imune ao perigo.
— Já estamo