Ao lado, Victoria a observava friamente.
Então, Emma desligou o telefone e, com receio, lançou um olhar tímido em sua direção.
— Mamãe...
Se o papai realmente não a quisesse mais, a mãe com certeza também deixaria de querê-la, de modo que um medo avassalador tomou conta de seu coração, fazendo sua jovem loba gemer em desespero dentro dela.
— Você quer que seu papai continue te amando? — Victoria encarou Emma e perguntou com um tom cortante.
— Quero! — Emma assentiu com firmeza, sem hesitar.
Ela não suportava viver naquela toca alugada e, pior ainda, não conseguia imaginar que, sem o amor do papai, sua mãe talvez nem sequer lhe dirigisse um sorriso.
— Mamãe, por favor, me ensine... O que devo fazer para o papai mudar de ideia? — Ela se ajoelhou aos pés de Victoria, erguendo os olhos com súplica.
— O que você acha? — Victoria devolveu a pergunta, sem emoção.
Emma reagiu imediatamente, mas hesitou ao lembrar de algo.
— Mamãe, a curandeira pediu que eu tomasse cuidado para não adoecer... —