Desde o incidente com Olivia, dois anos antes, eu já conhecia bem a forma de agir de Ethan e tinha plena certeza de que, se ele chegasse a acreditar que eu tentava estuprar Victoria, me enviaria imediatamente para a prisão, onde voltaria a receber a condenação mais severa.
Naquele tempo, depois do evento, aceitei ser preso de bom grado, porque amava Victoria e acreditava que, como eu, ela também amava nossa filha e cuidaria bem dela.
Então me senti aliviado ao deixar Emma em suas mãos. Agora, porém, eu sabia que estava enganado, pois ela a maltratava.
Ao pensar nas marcas de agulha e nos hematomas no corpo de Emma, nas palavras de Dorothy, que dissera que muitas vezes Emma saía do quarto de Victoria com o rosto inchado, e no vídeo que me mostrara da menina em situação deplorável no frio congelante, compreendi que o que eu vira talvez fosse apenas a ponta do iceberg.
"Se Emma fosse deixada mais uma vez com Victoria, sem minha presença para vigiá-la, poderia estar condenada a sofrer de n