KAEL THORNE
Passei a última semana como um fantasma.
Não pus os pés na faculdade, não podia. Ver Madisson, sentir o cheiro dela outra vez… eu a reclamaria no mesmo instante, e nada, absolutamente nada, me impediria. Mantive distância, como um covarde.
Mas a distância não significava paz.
O gosto dela continuava na minha boca, doce e ácido como veneno. As lembranças dela entravam em cada sonho, e acordar era ainda pior. Encontrei nas lutas a única forma de não enlouquecer.
Depois da briga com Dorian naquela noite, fugi para o galpão abandonado na periferia, onde os betas descarregam fúria e os alfas procuram algo para se distrair da própria selvageria. Eu fui atrás de dor, de qualquer coisa que silenciasse a necessidade. Enfrentei beta após beta até que nenhum ousou me encarar. Não foi suficiente. Então desafiei um alfa.
E, desde então, meu corpo virou um campo de hematomas. Não tenho dado tempo para me curar, porque o que é a dor física comparada ao que sinto quando penso nela? Cada s